terça-feira, 28 de maio de 2019

85% das Doenças Degenerativas Derivam da Alimentação Industrializada

Atenção: "85% das doenças modernas degenerativas derivam da alimentação industrializada."  (OMS via Dr. Marcio Bontempo).


Há cerca de 3 anos esse vídeo foi publicado no Facebook. Mais de 840 mil pessoas, segundo o site, foram alcançadas. Por volta de 230 mil visualizaram. Foram mais de 10 mil compartilhamentos. As questões são: essas pessoas mudaram seus hábitos de vida? Entenderam que a alimentação industrializada (ou fast-food, etc) é a principal causa das doenças? Perceberam que a consciência alimentar começa por aquilo que escolhemos colocar em nosso prato?

Receitas para Fazer Doentes?!


Receitas para fazer doentes?🤔 Assista a entrevista e saiba tudo sobre a nova obra em formato digital do Dr. Marcio Bontempo. 


BRASILIDADE – O LIVRO DA REINTEGRAÇÃO DA NAÇÃO

BRASILIDADE – O LIVRO DA REINTEGRAÇÃO DA NAÇÃO
Nosso país está passando por uma crise política, social, econômica, moral e ética jamais vista, dividido em concepções, num forte clima de agressividade. Porém, como evidenciamos no livro, temos problemas no âmbito de governo e de estado, mas não como Nação. Somos um povo unido, sem conflitos, harmônico.
Somos um país tradicionalmente pacífico, que recebe de braços abertos estrangeiros de todas as raças, religiões e origens. Aqui não temos e nunca tivemos guerras internas. Somos o país mais ecumênico e fraterno, onde as diferentes religiões convivem em paz e respeito. Na realidade somos um só povo, uma nação integrada, que sempre cultivou o amor e a fraternidade.
O livro fala sobre Brasilidade, uma palavra que pode ser entendida, a priori, como um sentimento de amor pelo Brasil, porém, ela possui um fundamento bem superior. Ela exprime um estado de espírito que transcende o conceito de simples de cidadania brasileira, bem além do sentido apenas cívico, de pertencer a uma pátria. Trata-se de um estado de consciência, individual ou coletivo, em crescente formação, não ainda bem entendido pelos cidadãos, mas que está se estruturando a partir de uma realidade ainda não conhecida, ligada às verdadeiras origens, destino e missão do Brasil em relação ao futuro do mundo.
O Brasil não está projetado para ser uma potência mundial como as atuais, imperialistas e belicistas, mas como uma potência espiritual, conforme o que se sabe nos círculos exotéricos sobre suas origens e profecias. 
Brasil tem uma missão em relação ao futuro do planeta e na edificação de uma nova civilização. Sendo assim, a brasilidade só se tornar patente a partir da percepção da função do Brasil – e dos brasileiros assim conscientes – do papel do Brasil no Novo Mundo. 
Portanto, brasilidade não é só um sentimento, mais do que isso, é um estado de espírito.
O livro mostra a mística e a verdadeira história do Brasil, pouco conhecida, e seus verdadeiros heróis.
Mas também é um apelo para que todos os brasileiros façam um esforço para não cairmos da armadilha montada por um maniqueísmo político artificialmente construído para dividir, para fragmentar, para usar a dicotomia como meio de enfraquecer nossa unidade e assim se locupletar com o poder. Não é nosso perfil. Este é um apelo para pensarmos e usarmos mais os elementos que nos unem do que aqueles que aparentemente nos dividem.
Politicamente, não estamos à esquerda, à direita ou no centro, estamos acima, como Nação.
Que esse sentimento (brasilidade) ganhe foro coletivo, se transforme numa mentalidade nacional, que motive cada brasileiro a assumir, com orgulho e determinação, o seu papel individual no vasto trabalho de consubstanciação de uma consciência cívica coletiva unitária, para a realização dos misteriosos desígnios desta nação, cuja missão evolucional e predestinação vêm sendo preparadas há muitos milhares de anos, conforme veremos adiante.
Quando a seleção brasileira de futebol joga, todos os brasileiros se reúnem em comunhão e fraternidade para assistir, independentemente para o time que torcem. O livro propõe fazermos pela nação o que fazemos pela seleção no futebol.
Brasilidade é o instrumento que pode dissolver os liames da agressividade e dos conflitos. Brasilidade é o instrumento que pode afastar as pessoas que prejudicam a nação com seu egoísmo e colocar no lugar delas os bons de coração e conscientes da suas responsabilidades cívicas. A brasilidade nos permite criar condições para, juntos, estabelecermos as bases políticas e sociais de um Novo Brasil. 
Escrevi este livro inspirado nos Mestres e tenho certeza de que ele lhe trará conforto e motivação para aflorar mais ainda o sentimento da brasilidade em você.

Esculápio e a Saúde Pública no Brasil - Marcio Bontempo

ESCULÁPIO E A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL – MÁRCIO BONTEMPO

Deus da medicina e da saúde para os gregos antigos, Esculápio teve duas filhas: Panacéia e Higéia, geradas com a função de cuidar da saúde dos mortais e a quem ensinou a nobre arte. A primeira tinha como princípio desenvolver e difundir recursos para tratar as doenças e a segunda, Higéia, ensinar os humanos a evitar as enfermidades, mas por meio da adoção de hábitos de vida naturais. Diz-se que elas viviam constantemente em conflito, para martírio do pai, que tentava a todo custo estabelecer a harmonia entre elas. De Higéia surgiu a palavra higiene e de Panacéia, a própria palavra panacéia, que tem o significado de remédio para todos os males. Curiosamente, é dos nomes e das características individuais das filhas de Esculápio, a origem das duas grandes correntes da medicina, uma voltada exclusivamente para a terapêutica (tratamento medicamentoso) e outra, para a prevenção, educação de hábitos, recuperação, manutenção e cuidados com a saúde (higiene).
Parece então que as medicina tradicionais antigas, até a época de Hipócrates, seguiram mais a escola de Higéia e menos a de Panacéia (restrita apenas a emergências e casos de acidentes, agravos, etc.), mas Galeno, médico grego do imperador romano Marco Aurélio, nítido devoto de Panacéia, divergindo do mestre Hipócrates, desenvolveu uma profusa farmacopéia sintomática, visando atender a nobreza romana nos seus males agudos derivados dos excessos e libações, ou seja, o sistema de Galeno não visava a recuperação integral da saúde e prevenção das moléstias, senão apenas tratar os sintomas. Nascia então uma prática que culminou no atual conceito-base da medicalização, cujo fundamento criou a indústria farmacêutica, dentro de um modelo de atenção à saúde centrado no médico (iatrocêntrico) e “hospitalocêntrico”, como expressão de uma visão biomédica cartesiana.
O ideal de Esculápio, até hoje, é estabelecer uma integração harmônica entre as filhas, o que significa inferir que a Medicina pode ser completa se unir as duas correntes, a terapêutica adequada e a prevenção. Diz-se que nos momentos em que Esculápio conseguiu um pouco de paz entre suas filhas, nasceram as grandes doutrinas médicas do passado, como o Aiurveda na Índia, a Medicina Chinesa, a Medicina árabe, egípcia, etc.
Quando foi criada a A Organização Mundial de Saúde, a princípio, Panacéia foi certamente a madrinha da instituição. Inicialmente, a visão do órgão internacional era fortemente centrada no medicamento como solução para todos os males da humanidade. Parecia que, com remédios, todos os problemas estariam solucionados. Ledo engano. Não resolveram. Foram exatamente as melhorias sanitárias e as ações fundamentadas em práticas de saúde culturalmente enraizadas que diminuíram a incidência e a prevalência das doenças infeciosas e não apenas o antibiótico, ou seja, resultado da ação de Higéia, certamente com uma pequena relativa ajuda da irmã.
Então a Organização Mundial de Saúde, desde Alma-Ata em 1978 (quando se definiu o fundamento da Atenção Primária à Saúde e a importância das medicinas tradicionais), colocou Higéia no pedestal das políticas internacionais de saúde, para desgosto da Indústria Farmacêutica amadrinhada por Panacéia.
Porém, tanto as ações de saúde quando a prática médica, sejam públicas ou privadas, seguiram obedecendo em grande parte à irmã ambiciosa de Higéia. E a briga continuou. Higéia, sempre amorosa e atenta, tendo inspirado já o Dr. Dawnson em 1920 (ver Relatório Dawnson, que estabelece as bases de uma visão social e da formação de redes de atendimento domiciliar ou descentralizado, realizado por equipes), prosseguiu na sua saga de produzir mudanças conceituais em termos de saúde pública para os governos. Mas sua irmã também não descansou. A indústria farmacêutica cresceu e, além da sua utilidade em descobrir novas drogas para salvar vidas, desenvolveu um forte sistema de lobbies nos governos, em sua ânsia de gerar imensos lucros com a exploração das moléstias. Panacéia ajudou. E fez isso principalmente através do ensino médico, trabalhando para manter sua característica cartesiana (ou flexneriana, como dizemos no jargão “sanitarês”), com forte foco na terapêutica medicamentosa. No Brasil, onde Panacéia tradicionalmente reinou absoluta, a força de Higéia começou a se tornar patente com os progressivos movimentos que desenvolveram o fundamento da Atenção Primária e o nascimento do Sistema Único de Saúde. Certamente era Higéia quem vibrava sobre as Conferências Nacionais de Saúde, ganhando tentos sobre sua irritadiça irmã, principalmente com a inclusão das Práticas Integrativas de Saúde na rede de atendimento. Paralelamente, Panacéia continuava a crescer com o avanço da tecnologia médica, tanto terapêutica quanto diagnóstica, dentro de uma visão reducionista do binômio saúde/doença.
Higéia insuflava na mente dos pensadores sanitaristas, principalmente no Brasil, o ideal da Reforma Sanitária e a postura corporativa e isolacionista de cada política pública como nociva do ponto de vista orçamentário e funcional. Mas Panacéia gosta de hospitais, de alta complexidade, de UTIs, de super especialistas, de médicos, de tomógrafos, sem conseguir entender que o processo de ultra-especialização do exercício médico gera uma tendência para a despersonalização da relação médico-paciente, favorecendo a perda da percepção integral da pessoa, relegando para segundo plano a dimensão social e psicológica do indivíduo, agora dividido em tecidos, órgãos, aparelhos e sistemas. Já Higéia ama agentes comunitários de saúde, equipes multidisciplinares, medicina natural, Terapia Comunitária Integrativa e médicos de família. Mas problemas e desafios persistem impedindo os avanços de Higéia, Por exemplo, a Equipe de Saúde da Família – cerne da Atenção Básica-, apesar das conquistas nos últimos anos, ainda enfrenta muitos entraves. Se Panacéia pudesse cuidar mais das emergências, da medicina tecnológica, da média e alta complexidade, etc. e Higéia da promoção e da educação em saúde, teríamos uma situação melhor, com o fomento do bem-estar e da qualidade de vida na base da sociedade, com isso a diminuição da procura dos serviços e a consequente redução dos enormes gastos públicos com a doença. Precisamos de medicamentos, mas o que certamente não precisamos é de um oneroso modelo de assistência demasiadamente centrado neles.
Claro que um modelo ideal de assistência à saúde depende de uma oferta de serviços que agrade ambas as deusas que, talvez não saibam, mas o pai certamente sim, que elas são os pratos de uma mesma balança.
Afora qualquer conotação maniqueísta ou polarizada quanto às características das deusas, percebemos que Panacéia continua muito forte na saúde pública brasileira, enquanto Higéia, depois de um bom avanço, parece ter agora empacado, uma vez que a Atenção Básica, com muitos problemas estruturais e funcionais, tem mostrado ares de estagnação. Higéia, contudo, ganha forças na maioria dos demais países. Então parece estar na hora de Esculápio olhar outra vez para o Brasil. Entonemos, pois, preces, odes e súplicas a Esculápio, na esperança que o deus nos acuda. Esculápio! Como um humilde servo mortal, por favor, ordene que Panacéia permita mais de espaço para Higéia neste sofrido país! Esculápio olhe essas filas nos hospitais! Olhe a falta de insumos! Olhe essa gente desassistida que espera meses por exames e cirurgias! Olhe a falta de uma gestão inteligente e de capacitação adequada para gestores em saúde, Esculápio! Olhe os lobbies de Panacéia no Congresso, Esculápio! Olhe os desvios de recursos do SUS, Esculápio! Olhe o descumprimento da Emenda 29! Protege a Portaria 971! Incute compromisso social e consciência cívica nas almas dos servidores, Esculápio! Olhe o sucateamento das unidades de saúde! Com todo o respeito, lance seus sagrados eflúvios sobre a saúde pública no Brasil, Esculápio! Esculápio, já que você nos inspirou na criação do nosso sistema de saúde, ó divino senhor, salve então o SUS!
Assina: Marcio Bontempo, seu humilde devoto e servo, discípulo de Hipócrates.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Ciência descobre as mais antigas novidades

A Ciência descobre as mais antigas novidades

O jornal Correio Brasiliense publicou ontem a excelente matéria “Jejum vira grande aliado na luta contra o câncer”. Nela aparece uma “descoberta” de pesquisadores da Southern California University, em Los Angeles, publicada pela mais que austera revista científica Science Translational Medicine. Em resumo, a pesquisa, comandada pelo cientista Valter Longo, aponta que as células cancerígenas são mais sensíveis à redução ou ausência de nutrientes no organismo do que as células normais. Estas, quando faltam alimentos ou nutrientes, entram num estado defensivo, como uma hibernação, reduzindo intensamente seu metabolismo; já as células anormais não suportam tal situação, não tem a mesma capacidade e acabam entrando em apoptose, ou morte celular, o que leva à absorção do tumor. A pesquisa e seus resultados foram confirmados por diversos outros cientistas em outras partes do mundo, conforme a matéria. Nela foram utilizados ratos com diversos tipos de tumores malignos induzidos, submetidos a jejum, e este combinado com quimioterapia. Os resultados foram surpreendentes, com a cura total ou interrupção do tumor. Foram feitas pesquisas em seguida com seres humanos, e isso sem que se ferissem questões éticas, porque o jejum não é “remédio”. Os resultados foram marcantes, a ponto de outros cientistas se motivarem a aplicar o método e o associarem aos tratamentos convencionais.
Há alguns anos, a ANVISA, nossa Agência Nacional de Vigilância Sanitária, copiando, como sempre, a colega estadunidense FDA – Food and Drug Administration, adotou o conceito de “alimentos funcionais” e de “nutracêuticos”, com referência à capacidade de vários alimentos e seus componentes promoverem saúde e combaterem diversas doenças.
Também há quase duas décadas, a aplicação de recursos magnéticos no tratamento e prevenção de diversas doenças ganhou o mundo, depois que experiências e pesquisas (muitas registradas no Index Medicus, a biblioteca científica da Organização Mundial de Saúde) provaram, até com complicadas fórmulas e números, o poder dos imãs sobre os organismos vivos, particularmente sobre seres humanos e suas enfermidades. Hoje são dezenas de aparelhos, artefatos e sistemas de magnetoterapia reconhecidos pelas autoridades sanitárias e em pleno uso.
Também o Irisdiagnóstico – método de diagnosticar alterações do organismo por meio da visualização de sinais da íris- provou cientificamente a sua capacidade de captar diversos problemas orgânicos e hoje são centenas de publicações científicas comprovando o fato e o sistema já é utilizado por muitos médicos, isoladamente ou em associação com outros métodos.
Associado a isso, muitas plantas medicinais entraram para o rol dos recursos médicos cientificamente comprovados e são utilizadas por médicos do mundo inteiro. Aliás, hoje, cerca de 40% de todos os recursos medicinais presentes nas prateleiras das farmácias tem o mundo vegetal como fonte de suas matérias primas.
Para completar, mesmo que omitindo muitos outros itens, lembrar que a acupuntura e a homeopatia, são hoje especialidades médicas em muitos países, inclusive no Brasil, reconhecidas por sua eficácia e utilizadas oficialmente.
Ademais, o nosso país possui novas políticas públicas de saúde que geraram a Portaria 971/2006 do Ministério da Saúde, que introduz as Práticas Integrativas (Fitoterapia, homeopatia, Acupuntura, Crenoterapia, etc.) na rede pública de saúde, dentro do Programa Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterapia, como determinação até da Organização Mundial de Saúde.
Mas porque estou fazendo estas colocações?  Explico:

Há trinta e poucos anos exercendo a medicina, desde uma época em que vigorava pleno o conceito de que somente a alopatia e a cirurgia eram recursos “permitidos” e “cientificamente” aceitos, fui processado numerosas vezes pelos Conselhos de Medicina do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, justamente por aplicar vários dos métodos e recursos aqui apresentados e por ensiná-los, tanto ao público leigo quanto profissional. E até hoje ainda há dois processos “éticos” em andamento contra mim em São Paulo e outro em Minas Gerais, ambos por motivos certamente muito “graves” de “delito”; no primeiro por eu ter feito uma palestra num grande evento onde falei dos benefícios da linhaça para a saúde, e no segundo, por ter dado uma aula sobre medicina chinesa num curso de acupuntura numa empresa de Belo Horizonte. Pasmem! Acreditem!

Pois bem, a cada dia presenciamos notícias de “novas descobertas” científicas que trazem à luz elementos pertencentes às medicina tradicionais, populares, indígenas, domésticas, naturais, etc., como os que relatamos aqui. E tenho a satisfação de dizer que sempre pratiquei e apliquei métodos não convencionais de medicina, por compreender que a saúde só pode ser obtida através do respeito às leis naturais e por reconhecer que os recursos da própria natureza (alimentos, água, sol, luz, magnetismo, minerais, plantas medicinais, etc.) possuem o imenso potencial de cura, ou antes, de resgate da saúde perdida. Sempre me incomodei e preocupei com o tipo de recursos terapêuticos que a faculdade me ensinou, ou seja: medicamentos e cirurgia. Embora prescreva remédios e indique cirurgias, só o faço em casos especiais e extremos, realmente necessários, pois são recursos que lidam mais com efeitos e não com causas. Em termos de medicamentos, 90% do uso se destina a ações paliativas. Na verdade, a medicina oficial, na maioria das suas ações, não fomenta ou promove a saúde, mas combate a doença (por isso possui um “arsenal” terapêutico), ao mesmo tempo em que, paradoxalmente, vive dela e depende dela – da doença – para existir. Haja vista a influência e o poder da indústria farmacêutica. Também sempre me incomodou a questão dos efeitos colaterais (algumas drogas intoxicam, prejudicam ou matam mais do que a doença que se destina a tratar), das doenças iatrogênicas (produzidas pelo médico) e, pior, pela interação medicamentosa (resultante da ação conjunta de vários remédios dentro do organismo) que matam anualmente cerca de 170 mil pessoas, só nos Estados Unidos, pois com as especialidades médicas, muitos pacientes ingerem remédios de vários médicos sem que se conheça, até hoje, como essas substâncias interagem quando juntas. E não falemos dos elevados custos dos remédios, que mobilizam cerca de 600 bilhões de euros anualmente no mundo.

É interessante observar como as novas “descobertas” científicas tem trazido novos recursos, não alinhados à filosofia que alimenta a chamada “medicina convencional”, mas que esta, sem opções, acaba por assimilar e incorporar, como acontece com a fitoterapia médica, a acupuntura, a homeopatia, os alimentos funcionais (nutrologia), etc. e agora o jejum.....
Então me vem à memória os velhos tempos em que tratávamos as doenças dos nossos clientes com a macrobiótica (salve mestre Ohsawa!), particularmente com o arroz integral (hoje considerado um “importante” alimento funcional por ser rico em fibras, vitaminas do complexo B, etc.). Vem também os grandes resultados obtidos com o a naturopatia (Ave Dr. Lezaeta Acharam e Eduardo Alffons)... os gloriosos resultados que verificávamos com as sessões de acupuntura (todas as glórias a Frederico Spaetz, Evaldo Martins Leite, Dr. Wu, Sohaku Bastos!), do-in (salve Juracy Cançado!), os surpreendentes efeitos da homeopatia (glória, muita glória a Avicena, Paracelso, Hahnemann, Kent, Nash, Nilo Cairo, Alfredo Vervloet!). Também as curas obtidas com a geoterapia (argila), as águas minerais (oh! saudade da clínica em São Lourenço!). Sempre usei também a cura pelos alimentos (hosanah! Mestre Hipócrates, o pai da Medicina, que afirmava que a cura está na comida!) método hoje consagrado pela Nutrologia através dos alimentos funcionais. E há muito mais.

Tudo isso muito forte para mim, porém, tenho o compromisso de informar, que todo esse trabalho, que até hoje perdura, sempre foi realizado sobre forte pressão do “sistema” e do modelo médico dito “hegemônico”, ou detentor do “poder”.
Nos diversos processos nada éticos que sofri, os argumentos eram os mais absurdos e ridículos, mas não tínhamos como nos defender. Os “inquisidores” afirmavam, entre outros bisonhos disparates, que a acupuntura era uma “filosofia” oriental e não um sistema de tratamento; que a homeopatia não tinha comprovação científica; que a iridologia era “coisa de bruxo”; que as águas minerais só teriam efeito diurético (isso com centenas de universidades na Europa, já na época, ensinando a crenoterapia e o termalismo há centenas de anos...); que o magnetismo era coisa de charlatão, mesmerismo, etc.; que as plantas medicinais não eram recursos eficazes e comprovados e até perigosos, que poderiam intoxicar, matar (Drauzio Varela disse isso no Jô Soares e depois se contradiz fazendo reportagens na Amazônia onde mostrava as ações curativas de muitas ervas, inclusive várias a que fez referência no programa, como ineficazes).
Merece aqui o relato breve de um caso em que fui “condenado” pelo CRM-RJ por ter conseguido reduzir a zero a carga viral de um paciente HIV positivo (e em fase quase terminal) e eliminar todos os sintomas, utilizando somente dieta macrobiótica e uma planta chamada unha de gato (uncaria tomentosa), com base nos bons resultados obtidos por colegas alemães usando o remédio “Krallendorn”, que é à base dessa planta e para essa doença, publicados na revista científica Nature. O paciente, que na época fazia uso somente de AZT, tinha recebido antes a notícia de que no máximo três meses de vida. Com o tratamento, recuperou a saúde, a disposição, ganhou peso, voltou a praticar esportes e levava uma vida normal, até que teve que retornar à médica do serviço público que o atendia antes, por questões de documentação. A médica surpreendeu-se com o bom estado do paciente e julgou que o AZT tinha funcionado. O paciente então informou a médica o tipo de tratamento a que se submeteu. Bem, em poucas semanas recebi uma intimação para comparecer ao CRM-RJ, pois a médica havia me denunciado por “charlatanismo”. A acusação era de eu estar “aplicando métodos não reconhecidos pela comunidade científica”. E não adiantou ter apresentado os trabalhos dos médicos alemães. Mas não deixei por menos. Só mostrei aos “conselheiros” que o contrassenso de estar sendo acusado... por ter tido sucesso!....e que o verdadeiro espírito médico, ou científico seria  valorizar o resultado e procurar conhecer o fenômeno. Não ficaram satisfeitos quando eu afirmei que aquele era um comportamento retrógrado, anticientífico e subdesenvolvido.
E tive muitas outras acusações similares que poderiam compor um livro de anedotas. Mas agora aproveito essa matéria sobre o jejum para finalizar este texto fazendo um comentário. Como eu sempre apelei para o jejum como recurso para o resgate da saúde, volta e meia surgiam comentários e até acusações, com a afirmação sombria de que “o jejum é perigoso e pode espoliar o paciente em termos de nutrientes e até matar”. A matéria é clara, mas só faz alusão ao câncer, sendo que o Jejum é chamado de “terapia universal” e serve para praticamente todas as doenças e representa o recurso ultérrimo do médico consciente, quando se esgotam os seus recursos comuns. Mas somente na questão do câncer, o jejum é realmente eficaz porque com a redução da oferta de nutrientes, as células saudáveis realmente são mais resistentes e entram “em off” ou estado de “hibernação” quando faltam os mesmos, ao passo que as células malignas são mais sensíveis e entram em estado de apoptose, ou morte celular, o que interrompe o crescimento do tumor e até o faz gelatinizar-se ou desaparecer, conforme mostram as recentes experiências. Essa é a informação científica hoje apresentada sobre o efeito do jejum, mas nós médicos naturistas e holísticos não tínhamos antes essa explicação e apenas observávamos os resultados. Baseávamo-nos, há várias décadas, na experiência dos antigos, de séculos ou milênios atrás, mas sempre fomos combatidos e até ridicularizados, pois não tínhamos antes como explicar o método à luz da ciência acadêmica.

Resolvi escrever esta matéria porque ao ler a notícia do jejum no jornal, me veio à mente o seguinte: se a todo instante métodos, recursos terapêuticos não convencionais são explicados à luz da Ciência e incorporados ao sistema oficial, podemos inferir que o posicionamento, o critério que hoje é a base do modelo médico para definir ou caracterização do que é ou não “oficial”, é inapropriado, justamente porque falha, e falha porque é refratário, e assim o é porque é limitado na sua perspectiva ou capacidade de conhecer e apreender os fenômenos. Então, por uma questão lógica, esse tipo de abordagem não é e não pode ser confiável e deve ser desabonado. O modelo vigente é tão refratário e limitado na sua capacidade perceptiva que trabalha contra si mesmo, duvidando de absolutamente tudo surge no seu seio, para, depois de muita luta por parte dos seus autores (como Harvey e a circulação sanguínea, Pasteur e a teoria microbiana, Sommelweiss e a febre puerperal e milhares de outros casos), aceitar como verdade definitiva, e aqui mais um engano, porque nada é definitivo e o que caracteriza a evolução da ciência, é justamente a velocidade com que novas teorias derrubam as antigas. Seus representantes, portanto, não tem mais direito de se posicionarem como autoridades incólumes, indefectíveis e todo-poderosos. Há algo  a ser ajustado na questão da metodologia científica e essa revolução está em plena expansão. Estamos presenciando, no seio acadêmico, uma profunda – e mais que necessária – mudança de paradigmas, onde o critério analítico-cartesiano-newtoniano, nitidamente reducionista, está cedendo lugar para a visão holística, ou antes, relativista-integrativa, com a qual as novas gerações de cientistas estão mais familiarizadas conforme a cosmovisão de Max Planck, que escreveu: “Uma nova descoberta científica não se torna aceita porque seus autores conseguem convencer seus colegas opositores, mas sim porque estes morrem e surge uma nova geração acostumada à verdade”.
Porém esta época fantástica tem derrubado velhos tabus científicos e aberto as portas para novas dimensões do pensamento e do conhecimento, em vertiginosa revolução. E já era tempo. Estamos adentrando uma fase da evolução humana em que a nova forma de compreender a vida, suas leis e seus fenômenos, não mais vai ser sombreada pela ignorância, pelo personalismo, pela tendenciosidade, pela arrogância, pelo poder, pela estupidez de quem se considerava dono da verdade. Quem viver verá. E quem não viver também verá, porque a vida universal é contínua e não pára. Saúde.


Marcio Bontempo

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Opinião sobre anfetamínicos - Matéria do Correio Braziliense

Médicos pressionam contra proibição de medicamentos, mas Anvisa não cede
Publicação: 18/02/2011 07:05 Atualização:
Diante da possibilidade de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) retirar do mercado brasileiro a sibutramina, um dos inibidores de apetites mais usados no país, além de outros três remédios para emagrecimento chamados anorexígenos anfetamínicos (anfepramona, femproporex e mazindol), médicos se veem sem alternativas para o tratamento da obesidade com uso de medicamentos. “Não existe nenhum outro com essas propriedades”, afirma Ricardo Meirelles, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).

Estudo da Anvisa concluiu que os medicamentos têm eficácia desproporcional em relação aos problemas que podem causar, como dependência, arritmias cardíacas e aumento da pressão arterial e pulmonar. Uma audiência pública do órgão vai propor, na próxima quarta-feira, o cancelamento do registro desses inibidores. O único remédio que fica à disposição dos pacientes é, segundo os especialistas, o orlistate, que dificulta a absorção de gordura pelo organismo, reduzindo o valor calórico do que é ingerido. O uso dele, no entanto, pode causar problemas aos pacientes se não for usado em conjunto com os inibidores. “Se a pessoa comer mais do que o normal, o intestino passa a funcionar de maneira excessiva e provoca uma diarreia intensa. O inibidor ajuda a educar o paciente para que ele não coma muito”, explica Ricardo Meirelles.

ControleO médico Márcio Bontempo, da Associação Brasileira de Nutrologia (Aban), costuma receitar a seus pacientes remédios fitoterápicos — produzidos com produtos naturais —, mas também acredita que a proibição dos inibidores convencionais pode ser um prejuízo. Segundo o nutrólogo, a suspensão tende a criar aumento de doenças relacionadas à obesidade, como a diabetes tipo 2 e problemas de coluna, além de aumentar a procura pela cirurgia bariátrica — de redução de estômago —, “que tem mortalidade de 2%”, diz. Para ele, o ideal seria tornar ainda mais rigososa a fiscalização da venda. “Se conseguíssemos ter um controle médico maior, seria interessante manter pelo menos a anfepramona”, acredita. O Brasil não tem remédios com o mesmo princípio ativo dos que serão questionados na audiência da próxima semana, segundo Maria Eugênia Cury, chefe do Núcleo de Investigação em Vigilância Sanitária da Anvisa. No entanto, o estudo do órgão descarta a possibilidade de se abrir exceções: “Em nenhum deles se encontrou mais benefícios do que o outro, a ponto de poder ser liberado”, diz.

Os fitoterápicos até são uma opção para o tratamento da obesidade, como defende o nutrólogo Márcio Bontempo. No entanto, ele mesmo ressalta, será preciso ter mais paciência para perder peso, já que os efeitos não são imediatos como os dos anorexígenos anfetamínicos. Mas os resultados tendem a ser mais duradouros depois que a medicação é suspensa. “O processo é feito em um prazo maior. Eles não são excitantes do nervoso central e não criam dependência. Anfetamínicos podem criar”, explica.

O consenso entre os profissionais de saúde está no uso associado desses inibidores de apetite com a reeducação alimentar e a prática de atividades físicas. “A gente usa como auxiliar para modificar os hábitos, e não como uma solução em si”, defende Ricardo Meirelles. Ele afirma que o problema está no desejo de soluções urgentes, que provocam o uso de maneira inadequada.

A falta da combinação recomendada pelos médicos faz com que a empresária Camila dos Santos Quilici tenha de conviver com o temido efeito sanfona. Aos 22 anos, ela já recorreu à sibutramina pelo menos três vezes para emagrecer, sempre com o acompanhamento de endocrinologista. “Cheguei a perder entre 6kg e 7kg em um mês, mas engordei tudo de novo”, lamenta. Hoje, além de ter recuperado o peso, aumentou mais 5kg, e deseja recorrer a métodos ainda mais agressivos. “Queria fazer redução de estômago, mas os exames não apontam a taxa de IMC (índice de massa corpórea) necessária.”

[Fonte: Correio Braziliense - 18/02/11]

Observações: 1ª - Dr. Marcio Bontempo é pós-graduado em nutrologia, o termo correto seria nutrologista. 
2ª - A sigla da Associação Brasileira de Nutrologia é ABRAN.
[Equipe Dr. Marcio Bontempo - www.drmarciobontempo.com.br]

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Movimento Brasileiro de Ecovilas

Breve resenha sobre o encontro das Ecovilas de Brasília, dia 10/2/2011

O encontro aconteceu na sede da União Planetária, instituição membro do Conselho Mundial da Cidadania Planetária. Foi um evento muito rico, pleno de energia especial, do qual participaram cerca de 150 pessoas, de todas as profissões, atividades e origens, irmanadas em torno do  mesmo ideal, que é o da vida em harmonia com a natureza, a saúde, o preparo para eventuais desastres naturais, mas, acima de tudo, de se integrar a um movimento de formação de núcleos de permacultura e convivência social organizada, diferenciada do convencional, voltada para a difusão de um modelo de vida solidário, fraterno, em harmonia com as leis naturais.
Tivemos um evento apenas preliminar, de modo a que as pessoas se conhecessem, que contou com a presença de ecovileiros, proprietários rurais interessados em organizar eco-comunidades de permacultura, representantes de ecovilas da região do Planalto Central (entre elas as ativas Bona Espero, Ipoema, Vale Dourado, Agenda Aquariana) e interessados em participar ou morar em ecovilas. Porém, a tônica principal foi a comunhão em torno da ideia de que o modus vivendi atual é insustentável e que carecemos de fato de uma mudança de estilo de vida. A questão da possibilidade de um desastre natural em proporções gigantescas, com  o risco de uma forte crise de desabastecimento -  embora valorizado e dimensionado no encontro -, ficou em segundo plano, diante do entendimento comum de que é preciso uma mobilização de integração e comunhão em torno das ecovilas/permacultura e sua filosofia.

Dr. Ulisses Riedel
Além deste escriba - que apresentou os trabalhos-, participaram diversas pessoas se manifestaram com seus comentários e visão da situação, entre eles, Dr. Ulisses Riedel, presidente da União Planetária; Professor Moacir Bueno, presidente do Instituto Brasiliense de Meio Ambiente; Alex Dumont, oceanógrafo e ambientalista, e muitos outros que abrilhantaram a noite. Sentimos que desde o Movimento Médicos Pés Descalços de São Lourenço, MG - onde surgiu o conceito de Comunidade Rural Sustentável como embrião do conceito de "Ecovilas" - não víamos um cabedal tão intenso de energia e força, identificando com isso os inexoráveis e determinantes ciclos da Lei Divina.

Em breve divulgaremos a agenda do próximo encontro, principalmente como oportunidade  de participação para quem não pode estar presente fisicamente, com a chance de fazerem parte do grupo diretivo.

Aos que estiveram presentes, solicitamos aguardar contato, mas manterem-se integrados através do grupo Movimento Brasileiro de Ecovilas, no Facebook, que provisoriamente será um meio de contato.

Será definido o grupo diretivo de Brasília sem demora, pois temos decisões importantes a tomar e organizar nossa agenda de ação. O nome do Grupo Ecovilas2011 mudou para MOVIMENTO BRASILEIRO DE ECOVILAS.

 Muita luz e sempre

Marcio Bontempo